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lunes, 4 de noviembre de 2013

Japón da luz verde para una arriesgada limpieza del reactor 4 de Fukushima

Japón da luz verde para una arriesgada limpieza del reactor 4 de Fukushima


Japón da luz verde para una arriesgada limpieza del reactor 4 de Fukushima
La remoción de 1.300 bastones de energia gastados puede ser el momento más peligoso para la humanidad desde la crisis de los mísiles de Cuba. Una artículo impactante de Lauren MacCauley, para Common Dreams, publicado en portugués por Carta Maior.
La autoridad de Regulación Nuclear (ARN) japonesa dio esta semana el ok. final para que la operadora de la usina nuclear dañada de Fukushima Daiichi remueva los 1.300 bastones de energia gastados de la piscina de la altamente dañada unidad 4, iniciando un proceso que el militante antinuclear Harvey Wasserman describió como "el momento más peligroso para la humanidad desde la crisis de los misiles de Cuba".

De acuerdo con Associated Press (AP), la Autoridad de Regulación Nuclear anunció que el plan de remover manualmente los bastones radioactivos será puesto en práctica por la operadora, Tokyo Electric Power Company, o TEPCO,  es “apropiado” y la remoción  se puede iniciar en noviembre, como había sido planeado, seguida de una inspección local hecha por los reguladores”.

A TEPCO estima que o processo completo de decomposição vá levar décadas. Dando mais detalhes do processo, diz a AP:

“A TEPCO preparou uma estrutura massiva de aço com um guindaste operado por controle remoto para remover os bastões de combustível, que serão depositados em um tonel de proteção e transferidos para uma piscina de resfriamento localizada numa construção ao lado. Para abrir espaço para os bastões da unidade 4, a companhia tem transportado os que já estavam na piscina para um depósito mais seguro em tonéis secos, em um local separado.

O plano é esvaziar a piscina do reator 4 até o fim de 2014, e remover bastões de energia das piscinas de três outros reatores danificados ao longo de vários anos antes de cavar até os núcleos derretidos, por volta de 2020.”

No entanto, de acordo com o engenheiro nuclear Arnie Gundersen, os bastões de energia gastos da unidade 4 estão “vergados, danificados e fragilizados e ponto de se desmancharem”. E o presidente da ARN, Shunichi Tanaka, alertou que a remoção dos bastões poderia ser dificultada por conta do risco que representam os destroços que caíram na piscina durante as explosões provocadas pelo terremoto de 2011, pelo tsunami e pelos subsequentes três processos de fusão de reatores na usina.

“É completamente diferente de remover bastões de energia normais de uma piscina”, disse Tanaka durante uma coletiva de imprensa. “Elas precisam ser manipuladas com extrema cautela e devem ser monitoradas muito de perto. Não se pode apressar, ou forçar para que elas saiam, ou elas podem quebrar”.

Wasserman alerta que há cerca de “400 toneladas de combustível naquela piscina, que poderiam liberar mais de 15 mil vezes a radiação que foi detonada em Hiroshima”.

Wasserman, Gundersen e outros ativistas da questão nuclear têm alertado que nem a TEPCO nem o governo japonês têm “os recursos técnicos, científicos e financeiros” para lidar com essa tarefa e que essa situação demandaria um “esforço coordenado mundial dos melhores cientistas e engenheiros de nossa espécie”.


Mais de 100 mil pessoas já assinaram uma petição dando eco a essa demanda. “A remoção de enormes bastões radioativos a mais de 30 metros no ar representa um desafio científico e de engenharia sem precedentes”, dizem os signatários, que pedem ao presidente Barack Obama e ao secretário geral da ONU, Ban Ki-Moon, que intercedam junto às autoridades japonesas. “Pedimos que a comunidade mundial [...] tome controle dessa tarefa incrivelmente perigosa”.

Tradução de Rodrigo Mendes.

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